O impasse institucional entre os Três Poderes no Brasil

A Constituição de 1988 garante a pluralidade de Partidos Políticos, que pela fragmentação da sociedade brasileira, gera uma quantidade [...]

Há hoje um impasse institucional no Brasil.

A Constituição de 1988 garante a pluralidade de Partidos Políticos, que pela fragmentação da sociedade brasileira, gera uma quantidade de Partidos no Congresso Nacional de difícil formação de maioria para o apoio a Governos.

Assim, o Executivo tem sempre que negociar o apoio dos Partidos através de verbas, retirando parte do poder do Executivo, o que Sérgio Abranches chama de “Presidencialismo de Coalizão”.

Do total da receita brasileira, 90% são para gastos correntes. Dos 10% restantes, metade é para investimentos já comprometidos, sobrando 5% da receita nacional. Destes 5%, metade fica hoje com o Governo para livre alocação, metade com os Congressistas em Emendas Parlamentares, 2,5% e 2,5% respectivamente da receita total. Os Congressistas então passam a tomar medidas administrativas de alocação dos recursos, que deveriam ser de prerrogativa do Executivo.

O Judiciário passa então a arbitrar entre as partes, passando a exercer também, às vezes, a função administrativa no país.

Os Três Poderes convivem em equilíbrio instável.

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