Putin-Trump Summit e o Brasil

“Se queres a paz, prepara-te para a guerra” (Flávio Vegécio, Roma, IV dC) [...]

“Se queres a paz, prepara-te para a guerra” (Flávio Vegécio, Roma, IV dC)

Nesta última sexta-feira, 15 de agosto, tivemos o Putin-Trump Summit no Alaska, sem acordo a curto prazo em relação à Ucrânia e outros possíveis issues, mas importante no sentido da compatibilização das percepções dos dois Líderes para futuras possibilidades, positivas ou negativas.

Interessante observar as diferenças de como Trump se relaciona com Putin e com o Brasil. Putin é recebido por Trump com honrarias no Alaska, enquanto o Brasil sofre sanções políticas e econômicas por parte de Trump, ao país, ao Judiciário, e recentemente ao Executivo.

O PIB dos Estados Unidos é de US$ 29,18 trilhões, renda per capita anual de US$ 76.100,00; a Rússia de US$ 2,17 trilhões, renda per capita anual de US$ 15.481,00; o Brasil US$ 2,18 trilhões, renda per capita anual de US$ 8.917,00. Os Estados Unidos são o primeiro PIB mundial, Brasil 10º, Rússia 11º. Brasil e Rússia guardam similaridades do ponto de vista dos indicadores econômicos.

O que separa a Rússia do Brasil? Os principais fatores que separam os dois países são: tecnologia, bomba atômica, e projeto de nação. Força e determinação são fatores imprescindíveis na geopolítica moderna.

O clube atômico é restrito a 7 países: Rússia com 6.000 ogivas; Estados Unidos 5.400; China 410; França 290; Inglaterra 225; Paquistão 170; Índia 160; Israel entre 90 e 400; e Coreia do Norte entre 45 e 55.

O Brasil é signatário, desde 1998, do “Acordo de Não Proliferação Nuclear”, hoje com 191 países, no que podemos desenvolver a energia nuclear para fins pacíficos, não com fins militares. Tecnologicamente, segundo o “Los Alamos National Laboratory”, dos Estados Unidos, o Brasil teria a capacidade de enriquecer o urânio a 90% para ter uma Bomba Atômica em um prazo de 1 ano.

A Coreia do Norte, não signatária do “Acordo”, tem um PIB estimado em cerca de US$ 30 bilhões, 73 vezes menor do que o PIB do Brasil. O seu protocolo de ativação nuclear provê o “lançamento nuclear automático se a liderança do país for alvo”. Em seu primeiro mandato, Trump se encontrou com Kim Jong Un em Singapura para negociações, que não foram à frente. Politicamente, ninguém mexe com a Coreia do Norte.

Esta é uma análise do estado atual da geopolítica mundial, da qual não decorrem recomendações, somente constatação de fatos.