O petróleo da Venezuela

O que Trump quer da Venezuela resume-se somente a um ponto: o petróleo. [...]

O que Trump quer da Venezuela resume-se somente a um ponto: o petróleo.

A Venezuela detém a maior reserva de petróleo do mundo, 18% do total; seguida da Arábia Saudita com 16%; Canada 10%; Irã 9,5%; Iraque 9%; Kuwait 6%; Emirados Árabes 6%; Rússia 5%. Os Estados Unidos detêm 2% das reservas mundiais, com 19% do consumo. A Guerra do Iraque em 2003 foi precedida da diminuição das exportações de petróleo pela Venezuela com Hugo Chávez para os Estados Unidos, sendo que as alegações dos Estados Unidos da existência de armas químicas no Iraque para a invasão não foram confirmadas.

Sabe-se da literatura e das notícias que, na América Latina, a maior produção de drogas ocorre em território da Colômbia, com estimativas que chegam a 70% da produção global. E que o escoamento de drogas para os Estados Unidos, forte polo consumidor no mundo, se dá hoje pelos mares do Oceano Pacífico, seguido por terra, e não pelo Caribe. 

Adicionalmente, a Venezuela pode certamente ser classificada como uma ditadura, por grupo político que se preserva no poder através do controle do voto; mas a democracia não é um conceito primordial nas relações geopolíticas. Não existem, por exemplo, reclamações dos Estados Unidos em relação a governos então considerados como autocráticos, como a Arabia Saudita, posto que são parceiros comerciais.

Há indicadores que apontam para a possibilidade de invasão da Venezuela pelos Estados Unidos; em análise, hoje, por parte dos Estados Unidos, do custo-benefício político a nível internacional. O controle do petróleo já seria satisfatório; e a Amazônia, como bem prospectivo, inclusive a Amazônia Brasileira, que representa 80% da Bacia Amazônica, serão fundamentais para a sobrevivência dos países e do mundo, em futuro próximo. 

Vale o jogo geopolítico, atual e futuro.