
No esporte, em suas mais diferentes modalidades, sempre foi possível registrar manifestações dos seus atletas, de treinadores, dirigentes e de profissionais da mídia, que pronunciaram – e pronunciam rotineiramente – frases que também marcam suas carreiras, declaradas em momentos de vitórias ou derrotas, por fracassos ou conquistas. Frases que serviram como exemplos ou simplesmente para marcar uma posição. São muitas, inúmeras, mas algumas valem o registro.
A ex tenista tcheca Martina Navrátilvám, 68 anos, que se naturalizou estadunidense em 2006, foi uma das estrelas no mundo do tênis. Ganhou 167 títulos. É dela está frase incisiva: “Quem disse “não interessa ganhar ou perder”, provavelmente perdeu”.
Depois de mais uma atuação pífia pelo Santos, desta vez diante do Atlético Mineiro (1 a 1) em Belo Horizonte, o jogador Neymar recebeu a seguinte análise da jornalista Fabíola Andrade, ex TV Globo e agora no UOL: “Hoje, Neymar é um jogador comum no futebol brasileiro… o problema é pensar no Neymar, no gigante que ele foi, o “cracaço” que ele foi e que ele pensa que é”.
Receio de arriscar não faz parte da carreira de LeBron James, 40 anos, astro de basquete dos EUA. Atua pelo Los Angeles Lakers e pensa em aposentar. Ele dá seu conselho: “Não tenha medo de falhar. Esse é o caminho do sucesso”.
Vanderlei Cordeiro de Lima, maratonista brasileiro, deu uma lição de esportividade e coragem ao mundo durante os Jogos Olímpicos de Atenas, Grécia 2004. Em 29 de agosto, Vanderlei liderava com folga a maratona olímpica aos 35 quilômetros quando foi empurrado e tirado da pista pelo irlandês Cornelius Horan. Com coragem, ele não desistiu. Voltou para a pista, terminou a prova e ficou com a medalha de bronze pelo 3º lugar. Por seu exemplo, tornou-se o único brasileiro a ganhar a medalha Pierre de Coubertin (historiador francês que entrou para a história como o criador dos Jogos Olímpicos da era moderna) conferida pelo Comitê Olímpico Internacional. Vanderlei Cardoso cravou o seu exemplo de atleta ao dizer: “Desde menino aprendi que tudo na vida a gente consegue com muita luta e dignidade: correr com as pernas, aguentar com o coração e vencer com a cabeça”.
Michael Jordan, dos EUA, 62, considerado o melhor jogador de basquete de todos os tempos, foi exemplar ao afirmar: “Algumas pessoas querem que aconteça; outras desejam que aconteça; outras fazem acontecer”.
Aos atletas que desmoronam, perdem o ânimo, sucumbem após um insucesso, Serena Williams, dos EUA, 43 anos, considerada uma das maiores tenistas de todos os tempos, deixou sua mensagem: “Um campeão não é definido só por suas vitórias, mas como ele se recupera após perder”.
Ayrton Senna, piloto brasileiro que dava show na F1 e tragicamente morto em acidente no GP de San Marino, Itália, em 1994, tinha seu objetivo: “O importante é ganhar. Tudo e sempre. Essa história de que o importante é competir não passa de pura demagogia”.
É a mesma linha do piloto espanhol de F1, Fernando Alonso, que deixa um recado que talvez ajude a certos jogadores de futebol (os acomodados), para os quais ganhar um campeonato já é tudo na carreira. Diz Alonso: “Quando eu tiver 50 anos vou olhar para os troféus que ganhei. Mas, hoje eles não me servem para nada. Eu quero é ganhar de novo”.
O craque milionário Cristiano Ronaldo, 40 anos, ainda desfila seu talento no futebol como capitão da Seleção de Portugal e estrela do All Nassr, da Arábia Saudita. A marca de Cristiano é a invejável aplicação que ele dedica ao que adora fazer: jogar futebol. Sua receita: “Eu sinto uma necessidade sem fim de aprender, de melhorar, de evoluir, não apenas para agradar ao treinador ou aos fãs, mas também para satisfazer a mim mesmo”.
E a advertência final fica com Laird Hamilton, dos EUA, 61 anos, surfista de grandes ondas, modelo e praticante de esportes ocasionais. Ele alerta: “Garanta que o seu pior inimigo não resida no meio das suas duas próprias orelhas”.
Erasmo Angelo é Jornalista, formado em História e Geografia pela PUC/MG. Foi Redator e Colunista do Jornal Estado de Minas dos Diários Associados, e do Jornal dos Sports/Edição MG, cobrindo o futebol e esportes no Brasil e no Exterior, em Campeonatos Mundiais de Futebol e em Olimpíadas. Atuou destacadamente na TV e na Rádio, na TV Itacolomi, TV Alterosa, Rádio Itatiaia, Rádio Guarani e Rádio Mineira. Foi Presidente da ADEMG – Administração de Estádios do Estado de Minas Gerais, na administração do Mineirão e do Mineirinho. Foi Editor da Revista do Cruzeiro. Autor



