Em 1669, o químico alemão Hennig Brand protagonizou um experimento inusitado: tentou transformar urina em ouro. Em vez do metal precioso, Brand acabou descobrindo um elemento totalmente novo: o fósforo.
Após destilar e cozinhar grandes quantidades de urina (não tente fazer isso), o químico encontrou uma substância branca que se inflamava espontaneamente e emitia luz no escuro, muito antes da invenção da lâmpada elétrica. Isso aconteceu porque a urina contém fósforo em compostos químicos; ao ferver e destilar a urina, Brand conseguiu separar esse elemento puro, revelando suas propriedades luminosas.
A descoberta despertou grande interesse na comunidade científica europeia, que ficou intrigada com a natureza e o comportamento do novo elemento.
O fósforo rapidamente se tornou popular em demonstrações públicas e truques de salão, e com o tempo encontrou aplicações práticas em fósforos, fertilizantes e na biologia humana.Curiosamente, por décadas, muitos duvidaram que Brand tivesse criado um elemento apenas a partir de urina. Hoje, a história do fósforo é lembrada como exemplo de como a busca por ouro acabou iluminando o mundo, literalmente.
Pedro Angelo
Estuda Jornalismo e Inglês na Dalhousie University, Halifax, Canada


