Minerva mira expansão

Diante das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos para inúmeros produtos brasileiros, ainda em vigor, o Minerva avalia adquirir um [...]

Diante das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos para inúmeros produtos brasileiros, ainda em vigor, o Minerva avalia adquirir um novo frigorífico no Uruguai. Estudos em poder do grupo revelaram que os americanos têm o menor rebanho dos últimos 70 anos, paralelo a um contexto incomum interno: aumento nos preços da carne e elevado consumo. Em função dessa realidade precisarão se abastecer fortemente no exterior. Aliás, os produtores norte-americanos estimam que serão necessários quase três anos para iniciar a reconstrução do rebanho bovino doméstico.

Com a taxa imposta ou uma pequena redução, o Brasil está praticamente eliminado do valioso mercado dos EUA, o que torna um grande negócio ter uma base em outros países, com tradição em carne bovina de qualidade. Sobretudo agora, em que há negociação aberta entre os governos americano e do Uruguai, para elevação das cotas de exportação.

Vale lembrar que, em paralelo, o Minerva segue em intensas tratativas com autoridades da Comissão de Promoção e Defesa da Concorrência do Uruguai, visando manter o acordo que celebrou com a Marfrig, envolvendo a compra de quatro plantas locais – Carrasco, Canelones, Durazno (BPU Meat) e PUL (Cerro Largo). Associações de criadores de gado locais pressionam o governo de Yamandú Orsi a implodir o negócio, sob argumento de que o Minerva praticamente terá o monopólio de abate de animais no país.

Compartilhe esse artigo: