Maquiavel e Sun Tzu são clássicos, mas atuais. Maquiavel, no Ocidente, e Sun Tzu, no Oriente, foram os pais da sabedoria de paradigmas no pensamento político e estratégico, chegando às mesmas conclusões, por caminhos diferentes.
A falta de diálogo e cálculos recíprocos errados das ações do outro são sempre drásticos para ambos, na guerra e na política.
Na análise da guerra e de suas consequências, Maquiavel diz que “na guerra, não se deve humilhar os vencidos, porque a humilhação leva ao ódio, e o ódio à vingança”. E Sun Tzu, na arte das batalhas, diz que “quando se cerca o inimigo, deve se deixar uma alternativa de fuga para ele. Não para que ele possa fugir, mas para que não lute com a força de um leão ferido”.
E Edson de Oliveira Nunes, em recente artigo, se pergunta: “Dizem que a verdadeira crise explode quando todas as pessoas estão certas?”
Sim, é verdade. Na Teoria dos Jogos, os jogos podem ser “soma 0”, quando um somente ganha quando o outro perde, como na final de um campeonato de futebol; “soma +1”, quando ambos ganham, como quando sócios ganham; e “soma -1”, quando ambos perdem, como em uma guerra atômica. E Adam Przeworski introduziu a ideia de “erro” nas Ciências Sociais, como uma relação tripartite entre os objetivos, as decisões, e as condições externas que possibilitam ou não chegar a estes objetivos com as decisões tomadas.
Sim, quando “todos estão certos” em antagonismos extremos, como agora, tudo explode e todos perdem, em maior ou menor grau.
Mas, mesmo na guerra, alguns interesses são preservados.
As sanções políticas iniciais de Trump são para o Ministro Alexandre de Moraes, resultado primário do ódio da família Bolsonaro, e de interesses conjunturais do setor Financeiro e das BigTechs dos Estados Unidos.
As tarifas de Trump isentam 694 produtos de importância para os Estados Unidos, taxando cerca de 60% das exportações brasileiras para os Estados Unidos.
O capitalismo são três: o do petróleo que faz guerra pelo lucro; o financeiro que gera instabilidade para o lucro; e o industrial que almeja a estabilidade para as suas ações.
Os interesses do Big Capital são preservados.
Como diz o dito popular, “para o bom entendedor, meia palavra basta”.
