Em artigo no New York Times deste 25 de julho, Roger Cohen diz que Macron reconhece o Estado Palestino e demonstra “ter perdido a paciência” com Estados Unidos e Israel. Os motivos apontados são “as mortes e a fome de palestinos em Gaza” e sua “obrigação moral” de lidar com o assunto.
A reação ao que tem ocorrido em Gaza é crescente entre os países do mundo. A Austrália, a Grã-Bretanha e o Canadá solicitaram a Israel nestes últimos dias a liberação da entrada em Gaza de alimentos e de ajuda humanitária. As mortes em Gaza já ultrapassam os 60 mil e a situação da população é drástica.
Podemos adicionar aqui que, além de se posicionar em relação à morte de civis em Gaza, Macron introduz componente geopolítico em sua estratégia, na tentativa da liderança dos Países Europeus frente às políticas de Trump, à menor participação dos Estados Unidos na Ucrânia e em relação à OTAN, e em relação à conturbada situação política e radicalização crescente no Oriente Médio, onde estão 50% das reservas mundiais de petróleo.
Trump anuncia ter chegado a um acordo com a União Europeia para reduzir as tarifas de 30% para 15% neste domingo 27 de julho.
O Primero Ministro da França, François Bayrou, classificou o acordo da Comissão Europeia com os Estados Unidos como “dia sombrio”, utilizando a expressão de que a Europa teria se “resignado à submissão”. A Bolsa de Londres FTSE 100 abre nesta segunda-feira 28 de julho em queda, com o Dow Jones e Nasdaq em alta.
