
Em 2025, o PIB brasileiro deverá apresentar uma expansão de2,40%, e o mundial, de 3,16%.
Os Países Emergentes, categoria da qual o Brasil pertence, deverão registrar um crescimento médio, neste ano, de 4,16% – e assim muito superior ao brasileiro.
O FMI – Fundo Internacional divulgou, no dia 17 de outubro último, o estudo intitulado World Economic Outlook (Panorama da Economia Mundial), apresentando as suas projeções sobre o desempenho da economia mundial para 2025 – que deverá registrar uma expansão média de 3,16%. Até agora, este ano deverá se configurar como o de menor crescimento já atingido nesta década e, tudo indica, esse nível de expansão pode continuar e se estabilizar na faixa de 3% e, ainda, persistir por mais alguns anos à frente. Cabe salientar que as incertezas à frente são muitas e os riscos, enormes, como alerta o próprio FMI.
De acordo com o documento divulgado, estima-se que a economia mundial alcançará um PIB -Produto Interno Bruto de US$ 117,165 trilhões – dos quais US$ 68,599 trilhões serão gerados pelas economias desenvolvidas (58,55%) e US$ 48,566 trilhões por aquelas consideradas emergentes e em desenvolvimento (41,45%).
Os Estados Unidos se constituem na maior economia mundial, detendo um PIB de US$ 30,615 trilhões, representando 26,13% do mundial, sendo seguido pela China com US$ 19,399 trilhões e uma participação relativa de 16,56% no mundial. Na terceira posição encontra-se a Alemanha, com um PIB de US$ 5,014 trilhões e 4,28% do total mundial.
Em 2025, o Brasil deverá perder para a Rússia uma posição no ranking das maiores economias – passando a ocupar o 11° lugar, com um PIB de US$ 2,256 trilhões e uma participação no total mundial de 1,93%.
Com um crescimento estimado de 2,02% em 2025, os Estados Unidos devem acrescentar à sua economia o impressionante volume de US$ 1,318 trilhão o que representa cerca de 58% de toda a produção brasileira estimada para o mesmo ano.
E as projeções, tanto por parte do FMI como aquelas realizadas pelo mercado financeiro e das empresas de consultoria macroeconômicas brasileiras — como o Relatório Focus do Banco Central — indicam que o cenário doméstico para os horizontes de curto prazo não deverão sofrer mudanças expressivas e continuarão registrando níveis decepcionantes de expansão, principalmente quando confrontados com o grande potencial do Brasil de crescimento econômico — tudo isso influenciado por múltiplos fatores, tais como e entre tantos, a insegurança jurídica, os juros extorsivos praticados, a legislação trabalhista ultrapassada, a burocracia, o baixo nível de produtividade e a “descarga” tributária.
O Brasil desaprendeu como crescer e, país que não cresce a sua economia, é considerado país condenado.
Neste primeiro quarto do século XXI, o PIB — Produto Interno Bruto brasileiro — registra crescimentos da economia nacional acima da média global apenas durante cinco anos: 2002, 2004, 2007, 2008 e 2010. Empata, praticamente, em outros dois: 2009 e 2024. Em todos os demais – são 18 anos no conjunto -, a taxa de expansão do PIB nacional ficou aquém da média da economia global e, mais precisamente, durante os anos de: 2001, 2003, 2005, 2006, 2011, 2012, 2013, 2014, 2915, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2022, 2023, 2025.
Desde 2011, em todos os anos seguintes até as estimativas para 2025, o desempenho da economia brasileira foi inferior à média global, exceção ao ano de 2024 – em que praticamente empata com a média mundial.
A Renda Per Capita brasileira de 2025, em valores correntes, atingiu US$ 10.578 – melhor nível já atingido desde 2014, mas ainda inferior aos níveis de 2010, quando totalizava US$ 11.341.
Desde o início de 2011 e considerando-se as estimativas para 2025, a Renda Per Capita registra um declínio, em dólares americanos, de 20,62% — enquanto a norte-americana experimenta uma expansão de 79,17%; a China 144,29% e a Índia, 94,40%.
Relativamente ao PIB brasileiro de 2025, estimado pelo FMI em US$ 2,256 trilhões (valores correntes) – ele é ainda, atualmente, inferior em 13,66% ao de 2011, quanto totalizou US$ 2,614 trilhões. Ou seja – o Brasil produz menos US$ 358 bilhões apenas em 2025 quando comparado àquele ano, crescimento típico de rabo de cavalo, que é sempre para trás e para baixo.
Carlos Alberto Teixeira de Oliveira é Administrador, Economista e Bacharel em Ciências Contábeis, com vários cursos de pós graduação no Brasil e exterior. Ex-Executive Vice-Presidente e CEO do Safra National Bank of New York, em Nova Iorque, Estados Unidos. Ex-Presidente do BDMG-Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e do Banco de Crédito Real de Minas Gerais; Foi Secretário de Planejamento e Coordenação Geral e de Comércio, Indústria e Mineração; e de Minas e Energia do Governo de Minas Gerais; Também foi Diretor-Geral (Reitor) do Centro Universitário Estácio de Sá de Belo Horizonte; Ex-Presidente do IBEF Nacional – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças e da ABDE-Associação Brasileira de Desenvolvimento; Atualmente é Coordenador Geral do Fórum JK de Desenvolvimento Econômico; Presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais. Presidente da MinasPart Desenvolvimento Empresarial e Econômico, Ltda. Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas. Presidente/Editor Geral de MercadoComum. Autor de vários livros, como a coletânea intitulada “Juscelino Kubitschek: Profeta do Desenvolvimento”. Artigo publicado na Revista Mercado Comum, Edição 351 – Novembro de 2025

