As eleições para Presidente 2026 estão completamente em aberto.
A direita se complicou. A esquerda é ineficiente. E o centro, que pode vir a surgir, tem mais dificuldades de se viabilizar devido ao controle das Direções Partidárias sobre as possíveis candidaturas do que por vontade do eleitorado.
O bolsonarismo tem 30% dos votos. Mas indulto a Bolsonaro não é uma plataforma vencedora, leva ao 2º turno, mas perde. A família Bolsonaro se desentende entre si, com Michelle e os filhos de Bolsonaro em franca anteposição; e as lideranças partidárias, sem candidato definido, estão em franca dissonância com os propósitos da família Bolsonaro.
Lula tem cerca de 25% dos votos, como “reserva fixa”. Lula torna-se o único candidato plausível pelo PT, com o governo apresentado aprovação de cerca de 35%, muito baixo para ter chances significativas vitória. A economia apresenta desempenho sofrível, sem o crescimento do PIB e da renda real. Lula tem que desempenhar mais.
As tarifas de Trump, que criaram a junção do centro-esquerda e recolocaram Lula nas eleições, vão perdendo sua memória, com a solução progressiva dos problemas. Tarcísio, que errou ao apoiar as tarifas de Trump, passa a ser novamente uma opção eleitoral, mas sem o consenso da direita; preferindo Tarcísio, neste momento, ser candidato a Governador do Estado de São Paulo, em eleição mais provável.
Ao centro, não se destacam hoje os possíveis candidatos, mas o quadro caracteriza a possibilidade de uma “terceira via”, típica de situações onde os extremos oponentes se queimam. Com Jair Bolsonaro fora das eleições, e Lula com fraco desempenho, diminui a tendência do voto na menor rejeição, na inexistência de ameaça maior, com a possibilidade de surgimentos ao centro. Mas as lideranças dos partidos de centro encontram-se hoje mais comprometidas com ao seus interesses corporativos do que na viabilização de candidatos plausíveis.
Se a “terceira via” vingar, será por ineditismo eleitoral.
Triste do país que não tem perspectivas eleitorais.
A ver.
