COLUNA RONALDO HERDY

Comendo com estilo

No momento em que o Governo Federal luta contra o déficit público, e para evitar o seu crescimento em 2026, uma licitação em curso na Casa da Moeda chama atenção, dentro e fora de Brasília. Trata-se de pregão para contratar empresa fornecedora de refeições para os empregados da estatal, em Santa Cruz (RJ), a partir de 26 de março do ano que vem, por três anos, com possibilidade de renovação.

Entre as exigências estão bacalhau “em postas de 160 gramas”, bem como camarão, “sete barbas, graúdo e cinza”. Um cardápio incomum, mesmo para quem fabrica cédulas e moedas do Real. Por meio de sua assessoria de imprensa, a estatal alegou que a inclusão do peixe e do crustáceo no edital é para “almoço e jantares festivos”. Contudo, não há dúvida de que as duas proteínas poderão subir o teto do pregão, por terem maior valor de mercado, em comparação com carnes bovinas, suínas ou frango. Vale ressaltar, ainda, que o déficit da União previsto no Projeto de Lei Orçamentária para 2026 é de R$ 23,3 bilhões.

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