A China vem transformando áreas urbanas em “Cidades Esponja”, usando parques, pavimentos permeáveis, telhados verdes e lagos urbanos para absorver e armazenar água da chuva. O objetivo é reduzir enchentes, melhorar a filtragem natural da água e reutilizá-la em irrigação, recarga de aquíferos e usos urbanos, enquanto cria cidades mais verdes e agradáveis. 🌱
O conceito foi amplamente difundido pelo arquiteto e paisagista Kongjian Yu, a partir de soluções baseadas na natureza e em infraestrutura verde. Hoje, mais de 250 cidades chinesas já implementam estratégias do programa.
Como funciona na prática:
• Superfícies permeáveis que permitem infiltração
• Parques e lagos como reservatórios temporários
• Jardins de chuva e telhados verdes que reduzem o escoamento
• Reservatórios subterrâneos que liberam água aos poucos
• Purificação natural do solo e da vegetação
• Reaproveitamento para irrigação e uso urbano
Mais do que uma solução técnica, as Cidades Esponja representam uma nova forma de pensar a relação das cidades com a água: ao invés de repelir, deve integrar e valorizar. É um caminho promissor diante das mudanças climáticas e do aumento das chuvas intensas. No entanto, seu sucesso depende de planejamento contínuo, manutenção adequada e combinação com a infraestrutura tradicional de drenagem, para garantir eficácia e resultados duradouros.
Pedro Angelo
Estuda Jornalismo e Inglês na Dalhousie University, Halifax, Canada



