A China, nesta semana passada, estabeleceu normas para a exportação de “terras raras” para os Estados Unidos e para o mundo, na necessidade de autorização do Governo Chinês para a exportação, e na limitação para o seu uso militar. As “terras raras” são constituídas por 17 metais maleáveis, como o lítio e outros, fundamentais para a produção dos supercondutores e das atuais tecnologias comerciais e militares, a grande questão do século XXI. 72% das reservas de “terras raras” estão em países do BRICS, 37% na China, 18% no Brasil, Rússia 10%, Índia 7%; seguidos da Ucrânia com 5%, onde o acordo tentado por Trump com Putin para o término da guerra ainda não funcionou.
Depois das ações de Eduardo Bolsonaro, que levaram Trump a erros de avaliação em relação à possíveis intervenções no Brasil, em relação ao executivo, à economia, e ao judiciário, Trump chama o Brasil à mesa de negociação. Cerca de 6% das exportações totais do Brasil foram afetadas pelas tarifas, sem consequências drásticas para a nossa economia. Desde as tarifas, as exportações do Brasil aumentaram mais do que as importações, o IBOVESVA tem fechado em alta na m’dia do período, e Lula recuperou significativamente a sua popularidade.
O Brasil é um país significativo no mundo, com significativas reservas naturais, extensão territorial, água, comodities, sofisticado sistema financeiro, e indústrias de ponta como a Embraer. O maior interesse de Trump, hoje, são as “terras raras”, seguido dos produtos tecnológicos brasileiros que integram as cadeias produtivas Brasil-Estados Unidos, seguido das comodities, do café e da carne, que já elevam o preço da alimentação hoje para o cidadão americano.
Boas perspectivas de negociações pela frente, em sendo feitas de forma adequada.



