
O recente recuo da inflação e a previsão de crescimento modesto do PIB (2,16% para 2025) parecem boas notícias. Mas sabemos que, no Brasil, nunca dá para contar com vento em popa por muito tempo.
Mesmo as empresas que hoje surfam uma fase positiva precisam revisar fundamentos. Juros altos, tarifaço e custos externos não perdoam.
Em finanças, vejo três movimentos essenciais agora:
1. Ajustar cenários de planejamento considerando margens mais estreitas.
2. Acompanhar com governança as variáveis externas que corroem resultados.
3. Assegurar resiliência operacional para atravessar um cenário menos favorável.
Vento favorável ajuda, mas não substitui a bússola. E ela, nas empresas, é a disciplina financeira. Nunca deixe de revisitar seus processos.
Vera Ráimondi é administradora e contadora, com especialização em Finanças Corporativas pela FGV e carreira desenvolvida em consultoria, controladoria e reestruturação empresarial.