O Le Monde, o mais importante jornal da França, vê o que eles chamam como a “resistência de Lula e do Brasil a Trump”, em relação às tarifas, como positiva.
Nesta semana, foram manchetes do Le Monde: “No Brasil, Lula resiste à pressão do governo Trump”. Trump adicionou medidas retaliatórias além das tarifas ao Brasil, atingindo com a Lei Magnitsky o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal do Brasil, em relação ao processo em andamento de Bolsonaro, por suposta tentativa de golpe após as eleições presidenciais brasileiras de 2023. “Essas novas medidas retaliatórias, entretanto, não influenciaram o governo brasileiro”.
As medidas de Trump são consideradas como de natureza política: “Ao contrário das tarifas que Trump está aplicando às economias em todo o mundo, as medidas contra o Brasil foram formuladas em termos estritamente políticos, pondo de lado laços comerciais seculares”.
Interesses econômicos subjacentes às medidas tarifárias e retaliatórias de Trump ao Brasil, como em relação ao PIX, são citados: “No Brasil, o sistema de pagamento móvel gratuito e instantâneo, o Pix, desafia o domínio (financeiro) dos EUA (no Brasil)”.
Macron, recentemente, reconheceu o Estado Palestino, como um posicionamento geopolítico de aproximação aos países Árabes e Islâmicos do Oriente Médio, onde estão 50% das reservas mundiais de petróleo; e em anteposição às políticas de Trump para com a Europa, com as tarifas, na diminuição de apoio bélico e financeiro dos Estados Unidos à OTAN, e à Ucrânia; colocando-se como possível líder, nesta inciativa, para Europa, e, eventualmente, para o mundo. Sua decisão de reconhecimento do Estado Palestino foi logo seguida pela Inglaterra, o Canadá, a agora a Austrália.