O Homem que fez amizade com um Crocodilo

Por anos, um pescador da Costa Rica e um crocodilo americano viveram uma história que virou sensação mundial. O réptil, ferido por um [...]

Por anos, um pescador da Costa Rica e um crocodilo americano viveram uma história que virou sensação mundial. O réptil, ferido por um tiro e praticamente condenado à morte às margens de um rio, foi encontrado por Chito Shedden, que decidiu ignorar o instinto de autopreservação e levar o animal para casa.

O paciente passou a se chamar Pocho, e a recuperação foi maratonada: alimentação assistida, cuidados diários e zero garantia de sucesso. Ele cuidou do animal por seis meses, alimentando-o com 30 kg de frango e peixe semanalmente, dormindo ao seu lado e simulando mastigação para incentivá-lo a comer.

Contra todas as apostas, o crocodilo reagiu e não foi por submissão, mas por convivência. Rotina, paciência e um certo pacto silencioso fizeram com que Pocho tolerasse a presença humana sem agressividade.

Com o tempo, a dupla foi além: começaram a nadar juntos, se apresentar em público e atrair a imprensa, turistas e curiosos. Especialistas chamaram atenção para o óbvio: não tente isso. A relação era uma exceção biológica e comportamental, não um manual de relacionamento com predadores.

Pocho morreu em 2011, após quase 20 anos ao lado de Chito, recebendo cuidados constantes e vivendo longe da vida selvagem.

Fim de uma parceria improvável que lembra que a natureza às vezes escreve histórias igual filme de ficção.

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