Gás de cozinha não tem cheiro: a história do odor que salva vidas

O gás de cozinha tem um cheiro forte e desagradável, mas isso não é natural. O propano e o butano usados em botijões são, [...]

O gás de cozinha tem um cheiro forte e desagradável, mas isso não é natural. O propano e o butano usados em botijões são, na origem, inodoros. Sem intervenção humana, um vazamento poderia tomar conta de um ambiente sem que ninguém percebesse o risco.

Na primeira metade do século 20, explosões em residências eram frequentes e muitas vezes misteriosas. Vazamentos invisíveis se acumulavam em cozinhas e áreas internas; um simples fósforo aceso bastava para transformar casas em escombros. O perigo era silencioso e impossível de detectar a olho nu ou pelo olfato.

A virada veio com a adoção da odorização: a indústria passou a adicionar ao gás uma substância chamada mercaptana, responsável pelo típico cheiro de “ovo podre”.

O odor é intenso, incômodo e praticamente impossível de ignorar. É justamente esse desconforto que faz o sistema funcionar, ele provoca uma reação imediata e leva as pessoas a fechar o registro, abrir as janelas e, assim, evitar tragédias.

Hoje, esse cheiro que incomoda é na prática um dos mais eficazes dispositivos de segurança do dia a dia.

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