Na Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que terminou neste sábado, em Genebra, a discussão sobre avanços em políticas globais de enfrentamento ao tabagismo envolveu criar um protocolo para o descarte de produtos derivados do fumo. O lobby do Brasil que foi a Europa amarelou diante do debate dos impactos ambientais dos microplásticos presentes nos filtros de cigarros, pois isso pode resultar numa futura obrigatoriedade dos fabricantes ficarem responsáveis por recolher a “guimba” do cigarro. Filtros são produzidos de acetato de celulose, material que leva até 12 anos para se decompor na natureza.
Não faz muito tempo, a China proibiu a venda de cigarros sem filtro. Com isso, a indústria local foi ao mercado para compra do acetato de celulose, o que empurrou para as nuvens os preços do material no mundo. Aqui, a Souza Cruz chegou a avaliar o relançamento do cigarro com filtro de carvão ativado, o que acabou não ocorrendo, pois o mercado de matéria-prima se estabilizou.



