Daqui a dois meses fará quatro anos do pedido brasileiro para entrar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. A demora na condução do processo não tem a ver com os rumores de que o Palácio do Planalto considera o bloco com viés mais político do que econômico. Isso porque os primeiros contatos para adesão à OCDE começaram na gestão de Fernando Henrique Cardoso e tiveram seguimento nos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. O real é que o Brasil não conseguiu até agora cumprir as 260 condicionantes para virar membro da entidade, alcançando cerca de metade deste número.
Para se ter ideia de como anda estremecida a relação Brasil-OCDE, nesta segunda-feira o secretário-geral da entidade chegou em Assunção, para participar da terceira edição da Cúpula Ministerial Latino-Americana sobre Governança. O Paraguai está em processo de alinhamento com a organização, que tem hoje 38 países membros – quatro na AL: Chile, Colômbia, Costa Rica e México. Não consta na agenda do secretário-geral uma passagem por Brasília, por enquanto, apesar de o ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin ter declarado, de público, ser a favor da entrada do Brasil na OCDE.
