COLUNA RONALDO HERDY

Cuidado no descarte

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços avalia estabelecer restrição à exportação de sucata de alumínio. Pode ser total paralisação nas vendas internacionais, sobretaxa ou prioridade de destino do produto ao mercado doméstico, mediante um sistema de cotas. Chegou ao MDIC alerta de entidades empresariais, de que a sucata tem retornado ao Brasil como produto acabado, competindo com a indústria nacional. É citado em documentos entregues em Brasília, que cerca de 60% do alumínio hoje consumido no país vem da reciclagem – contra 33% da média global. A China é mencionada como uma das grandes beneficiárias da venda de sobras de alumínio daqui para o exterior. Investiu e hoje tem capacidade de reciclar 22 milhões de toneladas de alumínio/ano, enquanto o Brasil exibe número bem mais modesto: 1 milhão/ano, mas transforma apenas 645 mil toneladas, a cada 12 meses. Vale sublinhar que o alumínio brasileiro é produzido com 90% de energia renovável, portanto, contribui para a descarbonização industrial e o cumprimento das metas globais do setor. Além disso, organismos internacionais já alertam para um possível déficit global de alumínio, a partir de 2026.

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