Milei vence as eleições legislativas deste ano na Argentina com 41% dos votos contra 32% da oposição. Ao contrário do Brasil, onde as eleições legislativas federais coincidem com as eleições presidenciais, na Argentina as eleições parciais deste ano para o legislativo do país são mais equivalentes às midterm dos Estados Unidos, que servem como um dos indicadores para a futura eleição presidencial do país.
Os assim chamados líderes populistas surgem quando há uma compressão das classes médias, cansadas da falta de benefícios do sistema eleitoral, e que rejeitam as ideias à esquerda, elegendo Iíderes radicais à direta. Assim ocorreu na Itália e na Alemanha na década dos 1930, no Brasil com Bolsonaro, e nos Estados Unidos com Trump.
Economicamente, a Argentina não apresenta hoje resultados que possam ser assim considerados como positivos na economia. Embora a inflação neste setembro tenha caído para 2,1%, a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 31,8%, com forte queda do poder de compra da população. Os Estados Unidos socorrem a Argentina com US$ 20 bilhões para a estabilidade do câmbio.
Diferentemente de outros líderes da direita, Milei acredita que do caos, na destruição das antigas instituições, irá nascer o homem econômico de Adam Smith, ou o empresário Schumpeteriano, que viria a revolucionar o país como a economia de mercado. Pode ser, entretanto, que o homem market oriented seja mais afeto da cultura anglo-saxã e europeia, do que da cultura latina, onde nos inserimos.
O Argentino dá um voto de crédito a Milei.

