Trump se convenceu dos erros de diagnóstico e recomendações de Eduardo Bolsonaro, se reaproximando do Brasil. Os interesses são maiores do que a ideologia.
Após as tarifas e sanções de Trump ao Brasil, as elites econômicas e políticas do Brasil se uniram; as exportações do Brasil cresceram mais do que as importações; e o IBOVESPA aumentou continuamente. A maior parte da conta, ficou por conta do consumidor americano, no aumento do preço do café e da carne.
São os seguintes os interesses de Trump com Lula, e que nos favorecem nas negociações:
1- Trump quer chegar a um acordo econômico com o Brasil, menos político do que inicialmente.
2- Trump deseja ter o Brasil como provedor de exportações de Terras Raras para os Estados Unidos, fundamentais para a indústria tecnológica e militar modernas. 72% das reservas mundiais de Terras Raras estão em países do BRICS, 37% na China; Brasil 18%; Rússia 10%; Índia 7%; seguidos da Ucrânia com 5%, em guerra.
3- Trump preocupa-se com a proximidade do Brasil com a China, como o único país significativo do Ocidental a fazer parte do hardcore do BRICS. A soja, taxada pelos Estados Unidos, tem sido comercializada com a China, União Europeia, e outros países. Trump quer equacionar a questão da soja nas relações comerciais com o Brasil.
4- Trump avalia a possibilidade de invasão da Venezuela, detentora da maior reserva de petróleo do mundo, 18% do total, no ensejo, infrutífero, do tentar neutralizar Lula politicamente, devido à importância do Brasil e à significativa liderança de Lula em boa parte da America Latina.
As negociações não serão simples.



